Até
chegar à entrevista, há todo um caminho a percorrer na forma como se
constrói o cv, como se escreve a carta de apresentação, etc. Nos dias de hoje,
e tendo em conta o mercado de trabalho, muitos são aqueles que se congratulam
com uma oportunidade de entrevista de entre 20 candidaturas enviadas.
Assim
sendo, uma vez chegados ao momento da verdade, em que estamos cara-a-cara com o
recrutador, é importante estarmos bem preparados e isto inclui saber algumas
coisas que não se devem dizer durante a entrevista:
1- “Preferia não responder a isso.”
A
menos que seja perguntado algo impróprio ou até mesmo ilegal, devemos tentar
responder sempre às perguntas efetuadas durante a entrevista.
O
entrevistador pode interpretar esta recusa em responder a questões ‘normais’,
como uma forma de esconder algo, ou falta de preparação em relação a alguma
matéria abordada no âmbito do processo de recrutamento.
2- “O meu ex-chefe era muito mau.”
Nunca
dizer mal de um emprego/empresa/patrão passado. Mesmo que que o entrevistador
puxe a conversa para esse ponto. Criticar pessoas do teu passado profissional
vai servir apenas para mostrar mesquinhez. Esta falta de elegância
transmite ao entrevistador que, se falas mal do teu ex-patrão, podes muito
bem vir a dizer mal dele também.
3- “Desculpe mas estou muito nervoso.”
Mesmo
que estejas nervoso(a), o melhor será não verbalizá-lo. Isto porque, uma
empresa certamente está à procura de pessoas confiantes e por outro
lado, o facto de o verbalizares, pode contribuir para ficares ainda mais
nervoso(a). Neste caso, a honestidade não é a melhor política.
4- “Bem, vamos falar de dinheiro.”
A
discussão do salário nunca deve ser feita durante as primeiras fases da entrevista.
As empresas cada vez mais procuram pessoas que estejam alinhadas com os valores
e a missão da organização, sendo que, se falarmos de dinheiro no início da
entrevista, vai dar a imagem que apenas estamos interessados no salário. Deixa
a negociação para o final da entrevista ou mesmo para depois da mesma.
5- “A minha maior fraqueza é
preocupar-me demais.”
Primeiro
de tudo, não é aconselhável falar voluntariamente das fraquezas a menos que nos
perguntem. Estas acabam por ser das coisas que mais contribuem para que o
entrevistador perca o interesse por um candidato, por isso, o truque será
deixar que a pergunta venha da outra parte e estar preparado para responder.
6- “Eu preciso …”
A
entrevista não deverá ser sobre as tuas necessidades. Antes é uma forma de
saberes como podes ajudar a colmatar as necessidades da empresa. Se falares das
tuas necessidades, ao invés de mostrares interesse em saber como poderás ajudar
a empresa, podes estar a mostrar que será difícil motivar-te para o trabalho.
7- “Quanto tempo ainda vai durar a
entrevista?”
Dar
a impressão que estamos com pressa para ir a outro lado, significa que não
estamos totalmente comprometidos com a entrevista, criando igualmente
desinteresse no entrevistador. As entrevistas podem ter uma duração
imprevista, dependendo do interesse que suscitarmos no entrevistador. Devemos
estar preparados para que a mesma duplique ou triplique a sua duração, e se
assim acontecer, é algo positivo.
8- “Eu preciso mesmo deste emprego!”
Dar
qualquer sinal de desespero não é bom. E ainda mais importante, não dizer que
estamos mesmo necessitados tendo em conta certas circunstâncias da nossa vida naquele
preciso momento. Desespero pode ser visto como um sinal de fraqueza.
9- “Estou a passar um momento
complicado/divórcio/gravidez”
Há
questões pessoais que não precisam de ser trazidas para a mesa da entrevista. É
mesmo ilegal o entrevistador perguntar questões relacionadas com a vida pessoal
do(a) candidato(a).
A
menos que estas questões possam afetar a nossa disponibilidade ou desempenho naquele
trabalho, não devem ser mencionadas.
10- “Não tenho quaisquer pergunta para
lhe fazer.”
É
normal o entrevistador perguntar a certa altura se o candidato(a) tem dúvidas
ou alguma questão a colocar. Nesta altura é melhor ir preparado com alguma
questão sobre a empresa ou a posição. Não ter perguntas a fazer, pode ser
encarado como sinal de desinteresse ou falta de preparação.